10.6.01

34. uma casa muito engraçada/i don't feel like dancing

A boîte troa com a troca de emoticons and such – sendo esta toda a música que ocorre, ali desligaram o som há muito tempo.
Ali não se servia bebida alcoólica e ainda eram umas sete da noite. Ainda assim os tweens afluíam, dedilhando-se virtualmente em salas VeriSim. Você podia alugar uma cabine para sonhar acordado.
Foi uma longa batalha judicial para permitir aos menores de treze anos o acesso às tecnologias VeriSim; no final, o que os advogados conseguiram obter foi o ingresso dos tweens em ambientes zerados. Sem propaganda. Na verdade, sem móveis, sem teto, sem chão, sem nada. Uma casa muito engraçada. Estímulo da imaginação foi usado como desculpa, é claro.
- Há um nexo educacional em jogo....
Era do zero que os nerds criavam RPGs - de vampiros, de cavaleiros, de... Era do zero que os dândis criavam reinos com estatutos, títulos e comendas. Cosplayers criavam ambientes esdrúxulos, atochados de cores piscantes. Patricinhas se internavam em sororities e spas de luxo. E em todos eles rolava a maior sacanagem.
- Não, não, nós apenas fornecemos a tecnologia. Os pais devem ser capazes de... - etc. etc.
Com medo de perder a mamata, as companhias por trás da tecnologia financiaram as primeiras das boîtes onomatopaicas. As onno são cercadas de cuidados. Nenhum adulto ou coisa de adulto entra, sob nenhuma circunstância. Atendentes cibernéticos, todos. Suco de cereja no bar, um hit.
Portanto, tanto quanto se consegue perceber o que se passa no meio daquela cacofonia, o espanto é geral quando se materializam no lobby virtual três adultos usando o elegante uniforme marrom e vermelho da Wind.
As patricinhas mandam uma pledger se desconectar e ir ver o que está acontecendo; os dândis mandam um lacaio. O lacaio volta primeiro.
- Eles têm o corpo de um tween e a mente de um velho, Sir.

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